sábado, 18 de março de 2017

Parindo objetos inanimados

Carnaval de um ano x. Pegação rolando solta.
Em uma ladeira qualquer, encontro um boy delicinha.
Nos pegamos tão forte que voltei para casa com pedaços de uma parede qualquer de Olinda colados em minhas costas. Trocamos contatos.
Para a minha surpresa, o boy mandou mensagem e parecia ser super gracinha.
Marcamos um encontro na quarta feira de cinzas, para fechar o carnaval com chave de ouro.
Trepamos enlouquecidamente, diversas vezes. Eu já não sabia nem mais o que estava acontecendo, só sabia que estava bom, muito bom.
Em um determinado momento, o boy gozou e foi trocar de camisinha.. até que ele percebeu que A CAMISINHA HAVIA SUMIDO. Procuramos em todos os lugares, inclusive dentro de todas as minhas cavidades, e nada. Pela empolgação da coisa, imaginei que essa porra havia voado longe. A tarde foi longa e continuamos por muitas horas.
Depois desse dia o boy deixou de falar comigo, obviamente. Afinal, boy lixo é assim. Come uma vez e dá adeus.
3 dias depois, estava eu no conforto do lar, quando resolvo fazer xixi. Senti algo estranho acontecendo e comecei a entrar em pânico. Eu estava parindo algo... sim. Tinha alguma coisa saindo de mim, e não era xixi. Ao levantar e olhar pro vaso, percebo o que tinha acabado de acontecer. Eu pari a camisinha. Eu expeli a camisinha que estava alojada dentro de mim por dias! Eu não conseguia fazer nada, apenas sentir. Passei minutos olhando para aquela cena e pensando sobre a minha vida.


Reflexão do dia: Enquanto as mocinhas de bem estavam formando família e parindo crianças rechonchudas e lindas, eu estava expelindo camisinhas de estranhos pela tchébs. Choices.


sábado, 11 de março de 2017

Boy Lixo Carnavalesco

Primeiro carnaval solteira em 5 anos. É impossível descrever a empolgação que eu sentia dentro de mim naquele momento. Eu sabia que o carnaval reservava coisas maravilhosas e muitas bocas novas.
Enquanto eu subia a primeira ladeira de Olinda ao lado da minha melhor amiga, eu já sentia o espírito de vagabunda destemida surgindo dentro de mim e sentia que nada seria capaz de me atingir! Afinal, o que acontece em Olinda, fica em Olinda.
Foram tantas histórias bizarras que eu sinto que poderia escrever um livro inteiro sobre esse carnaval! Mas vamos ao que interessa... O Rei dos Boy Lixo do carnaval 2017.
Em uma ladeira qualquer, lado a lado com a minha bitch preferida, encontramos com um amigo dela e minha calcinha virou pó. Na mesma hora pensei: “Quero esse homem HOJE! Mas que gracinha!”.
Cheia de álcool na cabeça, avisei a BFF e mandei ela fazer os corres. A maravilhosa tentou me avisar que ele era Boy Lixo, mas era carnaval, e durante o carnaval, tudo é permitido. Nem liguei. Achei que eu já tivesse conhecido os homens mais escrotos possíveis e saberia tirar de letra a pegação com o barbudinho. Ledo engano.
Algumas horas depois, o moço já estava em minha casa. Entrou, me deu um beijo e pegou no meu peito direito... ok. Carnaval, né?
Ao chegar em meu quarto, vi todos os indícios que a noite seria uma perfeita MERDA, mas como quem está na chuva é pra se molhar, e molhada eu já estava, resolvi ir em frente.
Ao tirar a roupa, o Boy Lixo fica de pé, dá uma voltinha e solta a seguinte pergunta, com um sorriso prepotente em seus lábios: “Você consegue ver algum defeito em meu corpo?”. Nessa hora eu já estava gritando por dentro.. SIM, AMIGO! O FATO DE VOCÊ NÃO SER MUDO É UM DEFEITO ABSURDO! 
O boy passou os minutos seguintes me explicando todas as regras que deveríamos seguir, inclusive o fato de que eu não poderia chupar o pau dele, senão ele jamais me beijaria. Eu, boquinha de veludo como sou, morri um pouco por dentro nessa hora.
Prosseguimos. O pau dele não queria entrar direito e ele me perguntou se eu já havia trepado com um negão, e disse que eu deveria tentar. Nem respondi. Até hoje não entendi se ele estava me chamando de arrombada ou se ele estava falando que eu precisava alargar a pequena travessa. O boy lixo gozou em 2 minutos. Se desculpou, tentou ser fofinho, e eu apenas querendo estar morta.
Depois disso, deitado ao meu lado, em um determinado momento da noite, ele solta a seguinte frase: “Assim, sou neo nazista, mas isso não quer dizer que sairei matando judeus todos os dias pela rua”. OI?????? WTF??????

O Boy havia dito que ficaria para dormir, mas depois de ver a decepção e desgosto em meu rosto, resolveu ir embora. Nunca mais tive notícias.

Lição da noite: Melhor correr pro Xvideos do que acabar a noite trepando por 2 segundos com um neo nazista.

Lição pra vida: Confie na sua amiga, independentemente do nível de cachaça na sua cabeça ou fogo no seu c*.



Casos do tinder.. #1

Lá estava eu, sozinha, em outro país, e com o famigerado fogo no c* de sempre.
Estar em um local completamente desconhecido foi o pontapé inicial para fazer o download do Tinder e descobrir o que a gringolândia poderia me oferecer.
Após alguns minutos, descobri que meu Tinder era uma desgraça no Brasil, mas eu definitivamente era a rainha dos matches em NY!
Papo vai, papo vem, encontrei um boy simpático para tomar umas brejinhas naquela noite.
E lá vou eu! Lava cabelo, seca cabelo, depila a perna, escolhe roupa e 1 hora depois já estava esperando o bofinho no lobby do hotel.
O boy chega com aquele sorriso bonito, todo simpático, me dá aquele hello básico, e aí começa o meu curto pesadelo inicial.
Após alguns minutos, antes de partirmos para o pub, o cidadão resolve surtar. Me agarra pelo braço no meio da rua, diz que não vai para porra de pub nenhum em um dia de semana e que deveríamos ir para o seu ap, onde poderíamos ficar mais à vontade.
Nesse minuto obviamente já me imaginei deitada em uma banheira de gelo cheia de sangue e sem meus rins. Bati o pé e não fui, não sem antes ter que ouvir todas as objeções que foram esbravejadas no meio da rua.

Saldo da noite: Fiquei lá, sozinha, no meio da rua, com cara de tacho, fazendo aquele papel de trouxa de sempre e com uma depilação perdida em um frio de zero graus.

Primeira lição do Tinder: O príncipe normalmente vira um sapo em menos de 5 minutos.

Conclusão.. na gringa também tem boy lixo? Tem, sim senhor!


30 anos de boy lixo

Resolvi escrever esse blog pois desde que me conheço por gente, sou um grande imã de boy lixo.
Completei 30 anos essa semana. 30. TRINTA. Sempre pensei que aos 30 tudo estaria resolvido. Na verdade, cada vez que acontecia uma bosta na minha vida, esse era o pensamento que me acalmava: “Nem se preocupe, aos 30 você estará plena e feliz e nada disso irá importar”. E AGORA? VOU PENSAR O QUE?

Na verdade quero manter esse blog para que eu mesma possa analisar que porra está acontecendo com a minha vida e tentar descobrir se, de alguma forma louca, eu que estou trazendo essa horda de escrotos para perto de mim.